terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vida Eterna



As vezes eu fico pensando, qual o sentido da vida? Muitas pessoas acreditam que é simples, nós nascemos, vivemos inúmeras emoções e momentos, e simplesmente... morremos. Faz algum sentido? Eu acho que não. Talvez eu seja muito otimista, talvez não.. talvez eu seja realista! Eu imagino a vida como uma passagem, pra mim a verdadeira vida é do outro lado. Fico inclusive me perguntando, é tão difícil assim acreditar que essa aventura insana da qual não sobreviveremos é apenas uma etapa? É tão difícil acreditar que existe esperança para seres que falecem com apenas 1 ano de idade? Para algumas pessoas é difícil sim! Pessoas são céticas, acreditam apenas no que vêem, e mesmo se elas conseguirem ter alguma prova de algo, elas ainda sim duvidam, simplesmente porque acreditam mais no mal do que no bem.
As perguntas chegam a ser clichês, coisas do tipo: “Me explica então porquê que minha vida é tão ruim?” - “Me explica então qual o sentido disso?” - “Ir e voltar inúmeras vezes, pra que?“ - “Porquê Deus quis isso?” - Chegamos no ponto chave... O grande mistério, o motivo do nosso Criador. Eu tenho teorias, é cada uma mais insana que a outra, mas uma coisa eu tenho em mente. Só saberá aquele que for evoluído o suficiente para aceitar a idéia, o “teste” divino. Faz um pouco de sentido se você parar para pensar. Imagina só o desafio: Você cria inúmeros seres sem experiência nenhuma, com livre arbítrio e uma mente inexperiente. Coloque eles para viver no mesmo lugar, todos soltos com necessidades diárias e conseqüentemente, problemas. Quais são as chances de um deles se tornar em pouco tempo um ser completamente altruísta, de puro amor e sem egoísmo ou qualquer outro sentimento negativo? Zero. Pois então, chegamos na solução: A reencarnação. Imagine novamente que você crie inúmeros seres e coloque eles para seguir um fluxo infinito. Eles terão que viver em um planeta por um certo período e voltar para se preparar para uma nova vida. Uma coisa é certa, ele sempre vai trazer no inconsciente tudo o que aprendeu de bom, e claro, trará também as lembranças do que fez de ruim. Ao começar uma nova vida sua mente terá que ser apagada, pois obviamente seria uma loucura se todos soubéssemos de vidas passadas, certo? Agora voltando à pergunta anterior, quais são as chances de um deles se tornar em pouco tempo um ser perfeito? Maiores que zero.
Pois bem irmãos, acredito eu que a evolução vem de cada passo dado por nós em cada dia. O sucesso vem da insistência e da determinação. A vitória vem das repetidas tentativas seguidas por derrotas, conquistando então, a experiência. A experiência trás a evolução.
Creio eu que disso tudo no fundo todos nós sabemos, como em uma prece conhecida por muitos nós já diz: “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna.”

Até logo querida Tia Gilca... até logo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Viagem



Sinto como se estivesse em uma viagem, um turbilhão de luzes multicoloridas passa diante dos meus olhos. Será que estou dormindo? Parece que sim, agora sinto que estou em um sonho. Estou em uma casa, não sei se é a minha, não sei onde é. Ao meu lado eu vejo minha irmã sentada em uma cadeira lendo um livro. Não consegui ler o nome do mesmo. Tentei chamá-la, pois estou com sede, ela continuou lendo o livro como se não estivesse me escutando. Tentei eu mesma pegar a água, mas me dei conta de que não conseguia sair do lugar. Estava paralisada, ou pior, estava sem forças. Observei melhor o ambiente em que estava. Havia uma outra pessoa em uma cama do meu lado, parecia estar dormindo tranquilamente. Não era uma casa. Agora eu não sabia se estava realmente dormindo. Me dei conta de que estava no hospital, me lembrei então, eu estava doente. Fiquei lembrando dos momentos em que estive no hospital, bem aos poucos... a impressão que eu tinha era que foi a muito tempo atrás. Em meio a devaneios e pensamentos sem controle, me dei conta que tinha uma única pessoa no quarto que não ignorava minha presença. Era um senhor de idade, mulato e com feições muito sensíveis. Ele tinha uma bengala, que ficava encostada na cadeira, enquanto ele me encarava com um olhar sereno. Ele me observava atentamente. Perguntei a ele o que estava acontecendo. Ele não disse nada. Antes que eu pudesse fazer outra pergunta, ele se levantou e veio até a mim. Ele me estendeu a mão como se estivesse querendo me levar para algum lugar. Escutei em minha mente: - "Venha comigo, irmã. Não tenha medo." - Eu perguntei ele o que estava acontecendo, mas antes que ele pudesse responder, eu finalmente me dei conta. Olhei novamente para minha irmã, que estava chorando. Ela continuava lendo sem parar o livro, que agora eu conseguia ler o nome. Eu conhecia esse livro, eu conhecia essas palavras. Olhei novamente para o senhor, enquanto sentia meus olhos lacrimejando estendi minha mão para ele. Ele então me disse: - "Ela vai ficar bem, não tenha medo. Você agora vai para um lugar melhor." - Uma luz envolveu o quarto e eu adormeci profundamente em meio de um turbilhão de luzes multicoloridas, e parecia que finalmente, eu estava em uma viagem.


Gilca Margarida de Castro - 12/10/1959 | 27/09/2010


Não tenha medo, um dia todos nós estaremos juntos. Tudo sempre dá certo no final, não importa o sofrimento, não importam as dificuldades. Não importa o que aconteça. Uma luz sempre vai estar nos esperando no fim do túnel.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Ribbon of Black



Um caminho longo, um destino incerto... O olhar vago disperso nas nuvens brancas do céu. O pensamento esta longe, tão longe quanto uma estrela. Ele pensa, ele deseja, ele quer. Ele quer mais que tudo, a beleza dos céus, a brisa dos ventos, o brilho incolor das nuvens... Talvez o maior motivo de sua paixão, de sua vontade incalculável de estar lá, no ponto mais alto do mundo. No ponto mais fundo do seu coração.

Em uma cena em preto e branco onde tudo aconteceu, ela estava com sua fita preta amarrada no cabelo enquanto o encarava de longe. Ele se foi, ela ficou. A fita voava contra as cinzas enquanto ele acompanhava o sorriso dela, um sorriso mais de aceitação do que de felicidade. Um sorriso de adeus. A fita continuava sem parar, como se todo o percurso já estivesse traçado. Um flashback de memórias passadas, tão real quanto um deja-vu. Essa cena se repetia na mente dele todos os dias, mas como um sonho. Como algo que ele nunca viveu, pelo menos pensa que não, pelo menos não nessa vida.

Toda vez ao pensar no futuro, ele se vê voando, como nas suas lembranças de outras existências. Toda vez ao pensar no futuro ele não se vê diferente. Ele sabe o que vai ser. Pode até parecer um sonho impossível, mas para ele, impossível é viver com os pés no chão. Impossível é viver sem um par de asas e um mundo inteiro para explorar. Sim, é um caminho longo, e ele não vai descansar enquanto não voltar para o lugar onde pertence. O infinito que sempre sonhou.



“Into the distance a ribbon of Black, stretched to the point of no turning back. A dream unthreatened by the morning light, could blow this soul right through the roof of the night. ” - Learning to Fly - Pink Floyd

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Only one.



A chave está em minhas mãos. Tudo o que resta é sair e trancar a porta para sempre. Minha vida passa diante dos meus olhos. Meu passado, minhas glórias e minhas derrotas. Uma despedida em um flash de luz, tão rápido que nem percebo. Minhas mãos estão suadas, o próximo passo é o mais difícil. Olhar para trás é arriscado, eu sei que não voltarei tão cedo.


Esses dias tem sido difíceis de suportar. Sinto-me completamente estranho, como se estivesse faltando algo, ou então, como se estivesse deixando algo para trás. Uma pagina em branco, uma história incompleta. Enquanto o dia da mudança se aproxima cada vez mais, eu começo a refletir se realmente deixei isso tudo de lado. Quanto mais eu penso, mais parece que não superei. A cada segundo que passa minha vontade de ir procurar ela, nem que seja por uma ultima vez, aumenta. A cada segundo que passa aquela sensação de que vou me arrepender se não fizer algo rápido, aumenta. Não é hora de pedir conselhos, a maioria não vai adiantar nada, minha teimosia não tem limites. E se não for teimosia? E se for uma intuição? Meu medo é justamente esse. A dúvida, a ilusão. Dizem que é melhor tentar e errar, do que se arrepender de não ter tentado. Dessa forma a força da dúvida diminui, assim como o tempo para decidir. O dia da mudança está próximo. Falta muito pouco. Resta apenas uma chance de fazer acontecer. E como dizem por ai, é agora ou nunca. A cada segundo que passa, um novo caminho é decidido para uma história ainda incompleta.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Presente grego.


O que fazer quando tudo o que você viveu e construiu começa a desabar diante dos seus olhos? O que fazer quando a vida de uma nação depende de você?

“Príamo olha para aquela situação sem saber o que fazer, observa o desespero estampado na cara de sua população e o rosto desacreditado de cada soldado seu. Ele olha ao redor e tudo o que pode ver é fogo e destruição. Frutos de uma armadilha, de um presente. O famoso presente grego, o famoso cavalo de tróia. Desesperadamente ele tenta reverter a situação, milhões de pensamentos invadem sua mente. Tentar levar todos para um refúgio próximo? Seria muito arriscado. Eles seriam pegos cedo ou tarde. Tentar encorajar seus soldados com palavras motivadoras ou gritos de guerra? Falta tranqüilidade e tempo para pensar em algo. Talvez não esteja em suas mãos, talvez tenha que desistir, afinal, ele depende de um milagre. Isso é óbvio.”

É interessante como ele não pôde fazer nada quando foi justamente quem causou tudo. É interessante refletir que um “simples” erro pôde causar a destruição e a ruína de milhares de pessoas. Ele sabia que havia errado ao ceder à vaidade e ao orgulho de aceitar aquele presente. Ele também sabia que havia errado ao ignorar o alerta em seu coração. Era um presente belo e que demonstrava respeito. Um presente que levantaria o ego de qualquer Rei ou Imperador. Um presente que era ao mesmo tempo mágico e traiçoeiro. E então só restou desespero misturado com arrependimento. Não havia volta. O que fazer quando suas únicas alternativas são desistir ou morrer lutando? Talvez ele tenha escolhido a segunda para se redimir, era o mínimo que poderia fazer.

Mas a lição que devemos observar é que não importa o que aconteça, sentimentos como vaidade e orgulho são perigosos, e o caminho andado de mãos dadas com eles pode não ter volta. Por isso, não alimente seu ego e siga sempre seu coração. Se ele tentar te alertar, pense duas vezes antes de dar um passo. E acima de tudo, seja feliz sem se preocupar com o que os outros pensam. Seja feliz por você. Pense nisso.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nostalgia.


Está chegando a hora da mudança. E é a essa a hora que começa a surgir o momento nostálgico. Eu estou indo de vez. Não se trata de uma mudança simples, não quando meus melhores momentos foram vividos aqui, não quando a maior parte da minha história ficou gravada nessas paredes. Está realmente chegando a hora, falta muito pouco.

Posso dizer que fui muito feliz nesses anos morando aqui. Passei por muitas coisas boas, e por outras, um tanto quanto desagradáveis. Porém como dizem por ai, tudo é aprendizado, certo? Olhando por esse lado eu levo daqui experiências interessantes. Mas talvez eu esteja deixando muita coisa boa para trás, infelizmente. Algumas amizades que pareciam ter futuro passarão por um teste, outras eu já não tenho muita esperança. Essa não é minha maior preocupação. Eu deixo para trás algo muito mais importante. Eu deixo para trás um possível futuro que eu poderia ter, um caminho que talvez fosse mais belo do que qualquer paraíso. Eu deixo para trás uma história incompleta, passos que foram desviados por algum motivo desconhecido, que alguns afirmariam que este se chama destino.

Em meio de despedidas nostálgicas eu apresento um dos meus maiores méritos enquanto vivi neste lugar. Uma pessoa que me conquistou de maneira incrível. Ela é delicada, sensível, nervosa e estressada. Tudo ao mesmo tempo. Esse é o charme dela, uma mistura implacável, uma combinação no mínimo interessante. Inteligente como ninguém, com uma raridade em destaque, o poder de saber usar essa dádiva. Seus conselhos são despertadores contra adormecidas mentes humanas. Seu coração é puro amor, até nos piores dias é possível sentir isso, ele sempre se sobressai. Eu a considero no mínimo como uma irmã, mesmo não sendo de sangue, que seja pelo menos de espírito. Que seja para sempre.

Eu peço apenas que ao sair pela porta tudo o que eu vivi aqui passe diante dos meus olhos e que toda a tristeza fique para trás. Eu estou indo de vez, não se trata de uma mudança simples, mas uma coisa é certa. Eu levo daqui uma amizade eterna, e a esperança de que um dia o destino guiará meus passos para um caminho mais belo do que qualquer paraíso, para que eu possa escrever nas paginas brancas de uma história incompleta.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Palavras sábias.

Às vezes eu fico me perguntando qual foi meu erro. Foi acreditar que aquilo tudo era real? Foi acreditar que ela era diferente? Não sei se a primeira opção me atrai, mas a segunda... Essa me deixa intrigado. Por mais que a gente diga que não vai ter esperança, por mais que a gente tente duvidar do que esta acontecendo, a gente acaba acreditando, cedendo. Nesse ponto o coração é fraco. Mas o que me deixa realmente intrigado não é isso tudo que eu disse, e sim, o que uma vez me disseram. Uma sábia amiga. Sim, nesse estado de calamidade em que está o mundo, eu a chamo de amiga sem ter nenhuma dúvida disso. “Você não errou em acreditar, sem fé nas pessoas e na vida não se tem futuro nem esperança.” Ela disse. Essa frase invadiu minha cabeça de uma forma avassaladora, como se quisesse me acordar de um sono profundo chamado ignorância. Ela conseguiu. E é exatamente por isso que cheguei à conclusão de que a segunda opção não pode nem de longe ser considerada. A falta de fé pode ser fácil e te deixar aparentemente protegido, porém ela te deixa imobilizado, e principalmente, deprimido. Portanto não se engane meu amigo, não se abale com uma queda, não se torture por um erro, e principalmente, não se rebele contra a fé. Nunca deixe de acreditar que no bem, nunca deixe de acreditar que um dia você vai se deparar com alguém “diferente”. Tenha esperança no coração, porque nesse ponto meu amigo, o coração é forte.

sábado, 15 de maio de 2010

Mãe.

Que péssimo filho eu sou, haha. Hoje me dei conta de que não fiz uma homenagem para minha mãe, e sinceramente, ela merece muito mais do que isso.


Mãe... Minha mãe, o que posso falar dela? Ahh, ela é diferente, em todos os sentidos. Ela é pequena por fora, grande por dentro. Ela é morena, ruiva e loira. Muda de aparência igual muda de roupa. Sua idade é uma característica mágica, alguns dizem que ela toma poção de rejuvenescimento, porém ninguém realmente sabe seu segredo. Seu olhar é colorido, é poderoso. Enigmático. Seu rosto? Linda como sempre, vaidosa de um jeito agradável, essa é ela por fora. Vamos às verdadeiras qualidades.

Eu começo pela bondade, é algo natural do espírito dela. Ela sabe ver o interior das pessoas como ninguém, sempre vendo o lado bom. Ela é um amor que não se mede, e isso meus amigos, eu posso comprovar. Porque todos nós temos sonhos, desde médicos a advogados. E ela largou o dela por amor, ela largou pela luz. Pelo ato mágico de se ter um filho. Sua dedicação durante a criação dos filhos é admirável, e muitas vezes infelizmente, não devidamente reconhecida. Corajosa e guerreira, posso citar inúmeras palavras para homenageá-la. Seu passado é indiscutível, como cigana ou egípcia. Não importa a vida passada ou atual, sua essência é sempre essa. Um amor que não se mede, um amor que não se discute. Um amor de pessoa. É ela, uma diva em seu olhar esverdeado. Um brilho, que nunca será apagado.


Mãe, eu só tenho a agradecer. Por tudo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu acordei a tempo.


Faz tempo que não despejo meus pensamentos nessas linhas. Sim, faz tempo. Mais do que parece. Eu digo isso porque o tempo estava lento, indo devagar como se eu estivesse parado. Pois eu estava. Estava preso... Paralisado, sem forças. Como se eu estivesse caminhando, porém sem sair do lugar.


Há alguns dias eu vinha sentindo que tinha algo errado, o mundo a minha volta estava diferente. Não sei ao certo quando começou, eu demorei a reparar, mas uma hora eu percebi tinha algo fora do lugar. Minha rotina - se é que eu tive uma alguma vez na minha vida – estava completamente fora do normal. Quando eu digo fora do normal, eu digo monótona, ou pior, melancólica. O mundo parecia preto e branco, como se tudo tivesse perdido a cor e o sentido. Foi ai que me deparei com mais um déjà vu, eu havia voltado uma casa no tabuleiro pelo visto. Era justamente como eu me sentia antes de acontecer um certo episódio do qual não entrarei em detalhes novamente. Como eu disse, eu não sei dizer exatamente quando isso havia começado, mas talvez eu saiba o ‘como’.

É incrível como uma queda pode nos desestabilizar facilmente, ainda mais quando vem acompanhada de outras. O motivo real disso tudo não foi exatamente a queda, mas sim uma seqüência que alguns chamariam de falta de sorte. Eu me sinto como se estivesse lidando com uma espécie de tabu.

Parece desanimador pensar dessa forma, tabu é uma palavra muito forte. Mas olhando por outro lado estou aqui. Eu acordei a tempo, estou de volta e está tudo bem agora. Cicatrizes não me assustam. O passado também não me assusta e nem mesmo o futuro. Porque se alguns chamam de falta de sorte e outros chamam de tabu, eu digo que falta de sorte não cabe no meu cardápio e tabu foi feito pra ser quebrado. E meu otimismo? Eu diria que também é uma palavra forte, e disso, eu não tenho dúvidas.


“Somehow I know, that things are gonna change.” Nova Era - Angra

sábado, 1 de maio de 2010

Já se foram 16 anos.


Uma vez um garoto queria ser como o vento. Veloz, sem limites e intocável. Sua coragem e determinação o levaram para a realização de um sonho. Ele sempre quis ser o melhor, nunca o segundo, nem o terceiro. Sempre o primeiro. Esse garoto se chamava Ayrton Senna do Brasil! Ele carregaria mais tarde o coração de cada torcedor dessa nação, milhões de pensamentos concentrados torcendo por um só.

Sua destreza era tão incrível que muitos achavam que ele realmente tinha nascido com esse propósito, ser o herói que cada um precisa. Porque eu digo isso meus amigos? Não se trata apenas de carros e rodas misturados em um esporte considerado inútil por muitos. Trata-se de coração, e isso, ele tinha de sobra. Característica exemplar se provava na simplicidade e altruísmo do piloto, quem o conhecia e o acompanhou sabe disso.

Seu desempenho nas quatro rodas era impecável, sua especialidade era correr na chuva. “Na chuva ele é imbatível” diziam os comentaristas da época. Imbatível mesmo era sua audácia. Com a expressão sempre fria e séria, dentro das pistas ele e seu carro eram um só, unidos por uma única vontade. Ser o primeiro.

Hoje eu não estou aqui para falar de mim, mas sim de um exemplo de perseverança em pessoa. Um exemplo de humildade e respeito. Ele é Ayrton Senna, o grande herói que todo brasileiro precisa ter. E que ele permaneça sempre assim, como o veloz intocável. Porque uma vez, um garoto queria ser como o vento, e a fé o trouxe a imortalidade de uma figura que nunca será esquecida.


"Meu sonho não tem fim, e eu tenho muita vida pela frente." Ayrton Senna, 1991

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Move on.


Agora eu posso dizer que desisti. Nem sempre as coisas acontecem da forma como esperamos, ou falta oportunidade, ou falta competência e às vezes falta até sorte. Sim. É preciso ter sorte, e eu meus caros amigos, não vejo essa palavra na minha vida há muito tempo. Quem sabe o destino não está apenas me guardando para algo melhor, quem sabe o amanha vai ser melhor do que seria se tudo desse certo hoje. Agora é pegar o que é meu e seguir em frente.

Eu me sinto diante de um caminho longo, com os pés descalços e um casaco pendurado em meu ombro, cabeça erguida e olhos bem abertos. O caminho parece tranqüilo e ao mesmo tempo complicado. Meu rosto demonstra coragem, calma e ao mesmo tempo medo. Tudo misturado em uma só expressão. Eu sei que devo seguir em frente, mas daqui em diante, a impressão que tenho é que serei movido pelo tempo e não me esforçarei tanto. As coisas acontecem para quem acredita e espera.

Eu sei que um dia, tudo vai dar certo. Eu sei que um dia, tudo vai valer a pena. E eu sei também que um dia, esse dia será meu.


“'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out..

terça-feira, 20 de abril de 2010

Hello stranger.

Lá estava ela, flutuando pelo jardim do meu pensamento. Ela dançava, repetindo os mesmos movimentos, movimentos que nunca deixavam de ser mágicos. Eu a conhecia de algum lugar, ela não me era estranha. Ela sempre permaneceu assim, a conhecida que eu nunca cheguei a conhecer. Às vezes o destino nos prega peças e nem sempre há outra maneira.

Eu lembro perfeitamente quando a vi pela primeira vez e nada nesse mundo me tira esse momento, tem certas coisas que a gente não esquece. Desde então eu tentava me aproximar cada vez mais, sem sucesso às vezes, mesmo assim continuava firme. Eu não desistia porque sabia que o que eu sentia era real, mas o problema não era comigo, ela não estava bem. As coisas não aconteceram como o esperado porque tinha que ser assim. E assim foi, nem toda historia de amor tem um final feliz.

Já me perguntaram se eu sofri ou sofro ainda por ela, e por incrível que pareça, ela nunca me fez mal. Pelo contrário, qualquer que seja o nome do que eu senti por essa menina, isso mudou minha vida completamente. Hoje eu sei que se estiver escrito no destino, de uma forma ou outra acontecerá.

Uma coisa eu posso afirmar. Aquele “déjà vu” foi a sensação mais estranha e mais real que eu já tive em toda minha vida.


“Eu me olho e te vejo o seu realejo só toca pra mim...”

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um dia eu voltaria.

Eu caminhava pela floresta sentindo a grama gelada sob meus pés e me sentia calmo. Percebia com facilidade tudo o que acontecia ao meu redor, pássaros cantando, folhas das árvores balançando, passos invisíveis sobre a grama trazendo uma brisa confortante. Enquanto eu fechava os olhos, o som do vento era como sinos em forma de cristais, tranqüilo, distante e próximo ao mesmo tempo. Eu sabia que estava em um sonho. Era um mundo mágico, um mundo onde tudo era possível.

Eu sentia como se ali fosse minha realidade, eu me sentia em casa. Era como se a aventura alucinante estivesse aqui fora, na “vida real”, e meu verdadeiro lar estivesse bem diante de meus olhos, em um sonho profundo e tranqüilo.

Uma hora eu teria que me despedir, eu sabia disso. A noite termina assim que a manhã começa. Inconscientemente eu sentia o Sol nascendo. Eu não queria ir embora, o medo de acordar era evidente. Mas nunca deixou de bater uma tranqüilidade em meu coração de que um dia eu voltaria para sempre ao meu paraíso. Meu sonho era real e eu sabia disso.

domingo, 11 de abril de 2010

Sonhos não envelhecem.


Lá estava ele, no alto de uma colina. Diante do penhasco mais alto do mundo. Desta vez ele não sabia se era sonho ou realidade. Ele torcia para que fosse real. Para ele apenas o céu era o limite, seu sonho era voar. Voar como os pássaros. Voar livremente.


Desde novo ele vislumbrava as nuvens, se encantava com seu brilho incolor perfeito. Desde novo ele desejava estar lá, sentindo aquela brisa de perto. Ele sabia que era capaz, sabia que era possível. Ele também sabia que assim como esse sonho, os outros também eram possíveis. Ele sabia que todos seriam realizados. O segredo está na mente. O pensamento é forte, incalculável e imbatível. Tudo é possível para ele. Ele sabia que ele iria voar um dia. Ele sempre teve certeza. E é essa certeza que o levará para o infinito que ele sempre sonhou.



Também se chamavam sonhos. E sonhos não envelhecem.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Às vezes eu queria ser.


Eu sou frio como uma pedra. Nunca demonstro minhas emoções e nunca sou atingindo por outras. Às vezes eu desejo ser como a água. Ela se desfaz fácil, mas se recupera com a mesma facilidade que é desfeita. A pedra não, a pedra é difícil de ser destruída, mas quando ela cede, nunca mais é a mesma. Às vezes eu desejo ser transparente, ter mais facilidade de lidar com meus problemas sem deixar que eles acumulem.

Meu sorriso natural e meu bom humor sem limites escondem o que eu realmente sinto. Apenas eu sei exatamente o que se passa aqui dentro. Não tenho com quem compartilhar minhas dores. Talvez meu excesso de altruísmo me prejudique. Eu nunca digo que não estou bem, eu sempre minto. E isso me mata aos poucos. Agora eu não agüento mais segurar tudo isso.

Então eu cedi. Cedi como uma pedra resistente que não agüenta mais as rajadas insistentes da água. Cedi como uma presa sem saída nas garras de seu predador. E agora eu não sei se há volta. Um arrependimento bate na porta, uma vida sem sentido é deixada para trás. Mas não há forças para continuar, não há milagre que me faça andar.


Às vezes eu queria ser como a água...

domingo, 21 de março de 2010

Era apenas um dia comum.

Era um dia comum, como qualquer outro. Apenas mais um dia em que você levanta da cama, olha pro céu e pensa: “Será que hoje vai ser diferente?” Você apenas pensa, é um dia como qualquer outro.

O dia começou acelerado. Sons do ambiente se misturavam na minha cabeça enquanto eu abria os olhos. Pássaros, carros, ônibus. Tudo acordando ao mesmo tempo. Eu escovava os dentes enquanto tentava ignorar o stress matinal da minha irmã. Tudo estava acontecendo na sua ordem. Era realmente um dia comum.

Quando eu sai de casa ainda estava um pouco escuro, e eu olhei para o céu confuso, na duvida se realmente a noite anterior já havia se passado, com medo de que aquele vazio continuasse. Um vazio estranho, que todo mundo já sentiu alguma vez na vida, mas esse já havia virado rotina. Parecia que nada mais fazia sentido e eu apenas tinha que seguir em frente, sem rumo.

Agüentei um dia inteiro de aula tediosa, amizades sem sentido e assuntos sem importância. Eu só queria voltar para casa, cochilar talvez. Ou ler. Tudo continuava normal na saída da escola, entre beijos e abraços, eu continuava sem sentir nada. Segui para o ponto de ônibus sem cerimônia, escutando o tagarelar de minha amiga mais próxima. Às vezes eu assimilava alguns assuntos, mas a maioria não passava dos meus ouvidos.

O ônibus veio mais rápido nesse dia, um acontecimento diferente na minha habitual rotina. E eu pensava que essa seria a única coisa anormal do dia. Meus movimentos automáticos de entrar no ônibus, pagar o trocador e sentar no banco mais próximo não me distraíram do que eu estava para sentir. Ao passar do lado dela eu não consegui desviar meu olhar, ela era linda, diferente de qualquer outra mulher que eu já havia visto em toda minha vida. Eu fiquei a viagem inteira olhando para ela. Uma sensação estranha me ocorreu e eu me perguntei: “O que eu estou fazendo? É apenas uma estranha.” Mas não era. Eu tinha a sensação que já a conhecia. O famoso déjà vu talvez. Coincidentemente ela descia no mesmo ponto que eu. Nós trocamos um breve olhar, um comprimento de sorrisos talvez, eu não sei. Estava completamente fora de mim, os olhos dela eram profundos. Eu me sentia hipnotizado.

Ao chegar em casa eu não me dei conta de como havia chegado lá, pensei nela o caminho inteiro. Deitei em minha cama sem me despir do uniforme, nada mais importava. Apenas aquele rosto perfeito. Acabei adormecendo entre meus pensamentos e ilusões.

Acordei me sentido revigorado, melhor do que jamais estive em toda minha vida. Eu já não sentia aquele vazio, a única coisa que eu sentia era uma vontade enorme de falar com ela. Eu realmente estava disposto a isso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dúvida e medo.


Às vezes eu fico pensando. Pensando nos motivos do meu coração bater tão forte quando eu estou perto dela. Medo? Receio? Nervosismo? Nenhum dos três? E que tal amor? Será que não é muito arriscado dizer essa palavra sem ter certeza de que ela é verdadeira?

É apenas um palpite. Porque quando você sente algo que você nunca sentiu em toda a sua vida, você logo pensa: “Opa! Tem algo errado.” E logo depois começam a surgir as dúvidas: “Será que é de verdade? Será que é ilusão?” Junto com as dúvidas começa a surgir o receio, que vem seguido pelo medo. É ai que a coisa complica. O medo de tentar, medo de arriscar. É a pior coisa que um ser humano pode sentir. Muita gente aprende isso da pior maneira, pelo arrependimento ou pela angústia. E logo surge de fato a frase mais atormentante de todas: “Porque eu não tentei?” E ai já era. Não tem volta, não tem ida, não tem começo e não tem fim. Não tem nada.

Então meu amigo, é por isso que eu tento, é por isso que eu não desisto, é por isso que eu não deixo os erros me abalarem e as tristezas me afogarem. É por isso que eu vivo! E eu sei que se não der certo agora dará um dia, assim como eu sei que pode não dar certo um dia, mas dará agora.

Abrace suas oportunidades. Nunca desista sem ao menos tentar. Viva sem limites! E um dia você colherá frutos de uma árvore que você nunca imaginou que existisse.